sábado, 3 de maio de 2008

Transportes

Com o objetivo de dar início aos trabalhos de instalação da Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF) e de possibilitar a admissão do Brasil ao Conselho Consultivo do Tratado Antártico, o Brasil adquiriu o Navio de Apoio Oceanográfico (NApOc) Barão de Teffé, H-42, navio polar, com antigo nome de "Thala Dan".
O Barão de Teffé participou de doze Operações Antárticas e serviu para fornecer apoio logístico a EACF e aos seus refúgios localizados nas ilhas Rei George, Elefante e Nelson e para realizar o transporte de pessoal. Ainda fazia a manutenção de suprimento de óleo, gêneros alimentícios, equipamentos de pesquisa, bem como de materiais de construção de módulos para as ampliações e adaptações feitas na Estação.
Para as tarefas na área de oceanografia, foi utilizado também o Navio Oceanográfico (NOc) Prof. W. Besnard, do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (USP). Foi construído na Noruega, em 1967, e batizado em homenagem ao professor Wladimir Besnard, cientista de origem russa e fundador do Instituto Oceanográfico da USP. Foi empregado nas seis primeiras Operações Antárticas, deixando de participar da Operação Antártica VII, com início no verão de 1988/1989.
A partir da Operação Antártica XIII, iniciada em 3 de novembro de 1994, o Brasil começou a utilizar um novo navio, o NapOc Ary Rongel, H-44, que substituiu, com vantagem, o antigo e heróico Barão de Teffé, já que é mais seguro, mais veloz, consome menos combustível e tem maior capacidade de manobra. Com isto, o Ary Rongel pode fazer expedições científicas mais baratas, chegar aos lugares determinados em menos tempo e, em conseqüência, desenvolver maior número de projetos de pesquisa.
O NApOc Ary Rongel possui autonomia de 110 dias; velocidade máxima de 15 nós (26,7 quilômetros por hora), quase o dobro da alcançada pelo Barão de Teffé; 68,2 metros de comprimento; 13 metros de largura; 6,2 metros de calado; dois motores de 2200 Hp cada; disponibilidade de carga de 2.360 metros cúbicos; e deslocamento máximo de 3.670 toneladas.
Construído na Noruega, em 1981, com o nome original de "Polar Queen", e destinado a operar em campos de gelo fragmentado, já fez expedições ao Ártico, Mar do Norte e Antártica. Possui um casco reforçado de aço com 2 centímetros de espessura, o dobro do convencional.
O nome do novo navio é uma homenagem ao Almirante Ary dos Santos Rongel, que foi diretor da Escola Naval e comandante de um navio hidrográfico e de um contratorpedeiro durante a Segunda Guerra Mundial.
Assim como o veterano Barão de Teffé transporta dois helicópteros biturbinados do tipo Esquilo. É dotado de três destiladores de água do mar, duas baleeiras (escaleres) com capacidade de 44 pessoas cada, uma lancha e cinco balsas infláveis, equipadas com motores de popa.
Em sua primeira viagem à Antártida sob a bandeira brasileira, o Ary Rongel levou 27 pesquisadores, 69 tripulantes e cerca de 300 toneladas de equipamentos e material destinado às pesquisas no próprio navio e na EACF.

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