quarta-feira, 21 de maio de 2008

Atártida

O continente é coberto por uma grossa camada de gelo, com espessura média de 2 km e volume de 30.000.000 km³. A única excessão é a península antárctica, que permanece "descongelada" no verão. Na região existem estações de pequisa de diversos países, ocupadas periodicamente por cientistas. O clima não permite que abrigue moradias permanentes. A Antártida é bastante procurada por quem busca turismo de aventura.
Vinte e seis países possuem base de pesquisa científica no continente: África do Sul, Alemanha, Argentina, Austrália, Brasil, Bulgária, Chile, China, Coréia do Sul, Equador, Espanha, Estados Unidos, Finlândia, França, Índia, Itália, Japão, Nova Zelândia, Noruega, Peru, Polônia, Reino Unido, Rússia, Suécia, Ucrânia e Uruguai.
A Antártida é cercada pelas águas confluentes dos Oceanos Pacífico, Atlântico e Índico. Possui várias ilhas adjacentes, como: Shetland do Sul, Orkney do Sul, Balley, Scott e Adelaide. Aproximadamente 90% das geleiras do mundo estão no continente. No inverno sua superfície duplica devido ao congelamento dos oceanos. As geleiras mantêm 70% da água doce do mundo, interferindo diretamente no nível dos oceanos. Pesquisas recentes mostram que o continente abriga o maior lago do mundo sob o gelo, com 10.000 km².
Alguns dos picos mais elevados da Antártida localizam-se nos montes Transartárticos, um prolongamento geológico da Cordilheira dos Andes. As atividades na região restringem-se à pesca e à investigação científica em diversas áreas. Há um buraco na camada de ozônio sobre o continente antártico.
Com a assinatura do Tratado da Antártida ficam suspensas todas as disputas pela posse de terras no continente. Alguns países como Austrália, França, Noruega, Reino Unido, Nova Zelândia, Argentina e Chile reivindicavam áreas continentais como parte de seu território nacional.
Calcula-se que a Antártida tenha cerca de 14 000 000 km2.
Seu contorno é irregular com apenas duas reentrâncias: o Mar de Weddell e o Mar de Ross.
Na Antártida a espessura do gelo chega a atingir 4 km formando grandes inlandsis que recobrem a superfície.
Cerca de 98% da superfície da Antártida é recoberta por geleiras. Estas dão origem aos icebergs que flutuam à deriva pelo mar. O gelo Antártico, que soma 30 milhões de km3, representa mais de 90% da água doce do planeta e é uma riqueza estratégica para o futuro: se todos os rios do mundo fossem alimentados por esse gelo, correriam perenes por pelo menos 600 anos.
O potencial de recursos naturais da Antártida pode ser enorme, havendo indícios de cobre, ouro, chumbo, prata, platina, cromo, carvão, minério de ferro, petróleo e gás natural. No entanto, em 1988, os membros do Tratado da Antártida decidiram que os projetos de exploração econômica estavam proibidos, temendo que a poluição colocasse em risco o continente e seu processo de arquivo de climas passados.
O Tratado da Antártida é um acordo firmado desde 1959, que determina o uso do continente para fins pacíficos, estabelece o intercâmbio de informações científicas e proíbe novas reivindicações territoriais.
O Tratado, do qual o Brasil é signatário, determinou que até 1991 a Antártida não pertenceria a nenhum país em especial, embora todos tivessem o direito de instalar ali bases de estudos científicos. Na reunião internacional de 1991 os países signatários do Tratado resolveram prorrogá-lo por mais 50 anos, isto é, até 2041 a Antártida é um patrimônio de toda a Humanidade. Atualmente o Tratado da Antártida tem 41 associados dos quais 26 são membros consultivos, inclusive o Brasil.
A primeira expedição brasileira à Antárida aconteceu em 1984 com o navio Barão de Teffé, dando início ao Programa Antártico Brasileiro com a instalação da base científica Comandante Ferraz na Ilha do Rei Jorge.


Navio Barão de Teffé - Marinha Brasileira - Missão Antártica. É este navio que leva os cientistas brasileiros à Antártida.

O primeiro avião brasileiro a pousar ali foi um Hércules C-130, em agosto de 1983, em pleno inverno. A partir daí, os vôos de apoio têm se realizado sete vezes ao ano. Isso porque no inverno só se pode chegar ao continente de avião, pois o mar congela e impede a aproximação de navios. Além da Estação Comandante Ferraz, o Brasil conta com 4 refúgios, feitos de um ou dois containers, onde os pesquisadores podem ficar num período de 30 a 40 dias.

Existem no Brasil 22 universidades e institutos de pesquisa que se dedicam ao estudo do continente antártico. Entre eles está o estudo das rotas de migração das aves desenvolvido pela equipe da UNISINOS do Rio Grande do Sul, que já fez o levantamento de mais de 13 mil aves, o trabalho sobre impacto ambiental desenvolvido pelo Instituto Oceanográfico da USP, o estudo dos pingüins que vivem nas proximidades da Estação Comandante Ferraz, a pesquisa das geleiras próximas à estação desenvolvida pelo glaciólogo brasileiro Jefferson Cardia Simões da UFRS, um estudo geológico-estratigráfico da Península Antártica e sua relação com o continente sul-americano, o exame da camada de ozônio e o comportamento do clima antártico e sua influência sobre o Brasil desenvolvido pelos cientistas ligados ao INPE, o estudo sobre as espécies de peixes comestíveis desenvolvido pelas universidades do Estado do Paraná, a busca de meteoritos feita pelos astrônomos do Observatório Antares, de Feira de Santana. Enfim, os estudos brasileiros são dirigidos para uma maior compreensão do meio ambiente global, sendo fundamental toda a atividade desenvolvida na área do Tratado da Antártida.

Curiosidades sobre a Antártida
A temperatura mais baixa já registrada na Terra foi na Antártida, na base científica russa de Vostok: -89,2º C no dia 21 de julho de 1983.

A Antártida é mais fria do que o Ártico devido às elevadas altitudes e aos blizards. Em conseqüência de temperaturas tão baixas.

No inverno a área da Antártida é maior devido à formação de uma capa de gelo que circula o continente. Essa camada variável é chamada de banquisa.

Mais de 9 mil fragmentos de meteoritos já foram recolhidos na Antártida. Dentre eles, um meteorito de 4 bilhões da anos que, aparentemente, se desprendeu de Marte.



Antártida
O Continente Antártico, o mais isolado, frio, ventoso, elevado e seco continente da Terra, está situado na região polar austral; é formado por uma massa continental, localizada quase inteiramente dentro do círculo polar antártico. É cercado pelo Oceano Antártico, de limites imprecisos, formado pelo encontro das águas dos Oceanos Atlântico, Pacífico e Índico, a chamada Confluência Antártica.

Está localizado quase concentricamente em torno do Pólo Sul, sendo o quinto maior e o mais austral dos continentes. Profundas baías, mais para o sul dos Oceanos Pacífico e Atlântico, dividem o continente em duas partes desiguais. A parte maior é conhecida como Antártica Oriental, por estar localizada, principalmente, em longitude leste. A parte menor, totalmente em longitude oeste, é chamada Antártica Ocidental. O leste e o oeste são separados pelas Montanhas Transantárticas.

Enquanto a Antártica Oriental consiste, principalmente, em um "plateau" elevado e coberto por gelo, a Antártica Ocidental consiste em um arquipélago de ilhas montanhosas, cobertas e ligadas entre si por gelo.


Exploração no Pólo Sul

O Continente Antártico constitui quase 10% da área continental do planeta, ou seja, 14.000.000 de quilômetros quadrados, aproximadamente o tamanho da América do Sul. Cerca de 98% do Continente Antártico está coberto de gelo e de neve durante todo o ano, com uma espessura média de 2.000 metros que, em algumas regiões, pode ultrapassar 4.800 metros. Se todo esse gelo sofresse fusão, o nível dos mares do mundo se elevaria 60 metros.

Esse gelo, representa 90% de toda a água doce do planeta. No inverno, pelo congelamento dos mares em sua volta, a área do Continente Antártico aumenta para cerca de 32.000.000 de quilômetros quadrados, formando um cinturão de cerca de 1.000 quilômetros de largura. As temperaturas médias anuais variam de 0ºC (verão) a -15ºC (inverno) no litoral e de -32ºC (verão) a -65ºC (inverno) no interior do continente. A menor temperatura já registrada foi de -89,2ºC, na Estação Vostok (ex-URSS), em 21 de julho de 1983, sendo também a mínima temperatura ambiente já medida na Terra. A velocidade média do vento na região costeira da Terra Adélie é de, aproximadamente, 69 quilômetros por hora, e a velocidade máxima já registrada foi de 192 quilômetros por hora.

Pelo estudo de rochas e fósseis de vegetais e animais, evidencia-se uma analogia entre a Antártica e os outros continentes, particularmente a África, a América do Sul, a Austrália e a Ásia (Índia), aos quais esteve justaposta, formando o Supercontinente de Gondwana, até o início do processo de movimentação das placas litosféricas, que levou à dispersão global dos vários continentes há cerca de 150 a 180 milhões de anos atrás. Esse processo prossegue até hoje, de acordo com a Teoria da Deriva Continental. Essa teoria foi proposta, em 1912, pelo astrônomo, meteorologista e geofísico alemão Alfred Wegener. Análise de dados obtidos com o estudo de rochas, fósseis, erosão de geleiras, recifes de coral e depósitos de carvão, entre outros, fazem com que a geologia moderna confirme a existência de Gondwana.

O Continente Antártico é o único continente em que o homem não viveu antes da implantação de estações baleeiras ou científicas. De toda a sua enorme área continental, apenas uma fração insignificante é ocupada por cerca de cinqüenta estações científicas que, muitas vezes, recebem apoio logístico de militares, localizadas, principalmente, em sua costa, na região da Península Antártica.

Dados gerais do continente
Área: 14.108.000 km²
População: -----x------
Países: nenhum, embora 26 países tenham base científica no continente.
Ponto mais alto: Monte Vinson - 5.140m
Ponto mais baixo: Fossa subglacial Bentley - -2.538m
Maior península: Antártica - 1.300 km
Temperatura mínima registrada: -89,2ºC - Estação Vostok

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